sábado, 27 de abril de 2013

Esquizofrenia

PESSOAS COM ESQUIZOFRENIA TÊM UM AUMENTO DA PRODUÇÃO DE DOPAMINA NO CÉREBRO, O QUE PODE PROVOCAR DELÍRIOS E ALUCINAÇÕES



É fundamental que a família entenda bem a doença para não ter uma postura preconceituosa. Agora vamos tirar algumas dúvidas sobre essa patologia.

O que é essa doença?
É uma doença mental com várias alterações cerebrais que inclui o aumento da produção da dopamina, que resulta em alucinações e delírios, pessoas que possuem tumores cerebrais e até mesmo usuários de drogas, como o crack, podem apresentar sintomas parecidos com os da doença, por isso é essencial o diagnóstico preciso.

Qualquer pessoa pode tê-la um dia?
Qualquer pessoa pode apresentar a doença, existe uma influência genética, mas a maioria dos casos de esquizofrenia vem de parentes que já apresentaram anteriormente, é muito comum que ela se manifeste no final da adolescência ou no início da fase adulta, mas pode acontecer em outras fases da vida.

Como identificar o esquizofrênico?
Em geral as pessoas percebem mudanças no comportamento da pessoa, com o fato de se isolar, ficar apática e ter comportamentos diferentes do habitual, nesse momento o ideal é oferecer ajuda e conduzir a pessoa a um especialista, inicialmente o psiquiatra faz um diagnóstico de psicose e se ele perdurar por mais de um mês, é que se aponta a esquizofrenia.

Como são esses sintomas?
Os delírios são idéias distorcidas, com um conteúdo que não é compatível com a realidade, embora tenha uma crença profunda de que aquilo que sente é real, esses pensamentos tomam conta da vida da pessoa, como a sensação de estar sendo perseguido, por exemplo, pela polícia ou por traficantes. Já as alucinações são percepções sensoriais sem um objeto específico, entre elas vozes e sentir cheiro são frequentes, assim como achar que o corpo está sendo tocado, mas "ver coisas", ao contrário do que se pensa, não é algo comum.

E o tratamento, como se dá?
Para tratar a esquizofrenia, são indicadas medicações que bloqueiam a ação da dopamina, os chamados antipsicóticos.
Exemplos delas são o haloperidol decanoato, mais antigo e comum, mas com muitos efeitos colaterais, e mais recentemente foi lançado o palmitato de paliperidona, que é mais moderno e induz menos efeitos colaterais, essas medicações são administradas por via oral, mas os pacientes têm dificuldades de manter o tratamento regular, devido a isso foi desenvolvida a administração por injeção mensal. Complementando o tratamento, utiliza-se a psicoterapia, que ajuda a pessoa a lidar e conviver bem com os sintomas.

Qual é o papel da família?
A família é fundamental para o diagnóstico precoce, manutenção do tratamento. É fundamental que a família entenda os sintomas da doença para facilitar a ajuda aos pacientes.

Há ajuda na rede pública?
O SUS oferece tratamento no CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e grande parte das novas medicações estão disponíveis na rede gratuitamente. O auxílio da previdência só pode ser obtido para os portadores que já tiveram carteira profissional assinada.

Lembrem-se, quanto mais breve for a busca por ajuda, mais eficaz será o tratamento e maiores as chances de conviver (bem) com a doença, tanto para o portador quanto para quem está ao seu lado.

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